“J’écris pour enterrer, pour revivre l’enterrement, pour ne pas oublier, pour raviver, pour vivre avec ces blessures là, encore. Pour enterrer, mais mieux.”
Depois do sucesso no ano passado, a Sala Cecília Meireles leva o Ciclo Arte Sonora novamente ao Parque Lage. Desta vez as atrações são o espetáculo de teatro multimídia ‘Le Soleil Même Pleut’, interpretado pela atriz e escritora belga Françoise Berlanger, no dia 14, e um concerto de jazz com o Octurn Ensemble, no dia 15. A Temporada 2011 da Sala Cecília Meireles, que é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, tem o patrocínio da Petrobras.
‘Le Soleil Même Pleut’ é um teatro musical com texto autobiográfico de Françoise Berlanger sobre a impotência perante morte, a dor perda e a distância que se faz presença na lembrança constante. A autora/atriz/cantora nos fala sobre sua peça: “Eu escrevo para sepultar, para reviver o sepultamento, para não esquecer, para reviver, para viver com aquelas feridas. Para enterrar, mais e melhor”. O monólogo é acompanhado pela partitura original de Bo Van Der Werf executada pelo Octurn Ensemble.
A música reflete o colorido harmônico em que o grupo musical vem trabalhando há vários anos, em um contexto em que a improvisação é o componente central. Além disso, o projeto envolve o trabalho do artista plástico Marcel Berlanger, irmão de Françoise, que aparece na cenografia do espetáculo. Françoise Berlanger atuará sobre uma plataforma suspensa sobre a piscina da Escola de Artes Visuais Parque Lage, tendo ao fundo o palco onde tocarão os músicos do Octurn Ensemble.
No dia seguinte, o Octurn Ensemble apresenta o seu atualíssimo jazz.
Há mais de uma década o grupo vem desenhando sua paisagem sonora através de abordagens diversas, mantendo, ao mesmo tempo, a originalidade e o espírito de pesquisa. Desde sua criação, executa uma música poderosa e única, que não se enquadra em nenhuma categoria, além de desenvolver um estilo instrumental que utiliza técnicas contemporâneas: transmite uma complexidade que respeita a tradição da música escrita e improvisada, ao mesmo tempo em que amplia suas fronteiras.
A música do grupo é caracterizada também por elementos musicais oriundos da Ásia, sons eletrônicos contemporâneos e um certa ambiência de massa sonora orquestral. Os novos projetos do Octurn são traçados com uma fascinante geometria. A música sugere o vazio da meditação e da fantasia, passando do congelamento do tempo musical ao caos ensurdecedor da explosão sonora. O repertório do grupo, que também trabalha com improviso, é composto por elementos musicais asiáticos, sons eletrônicos contemporâneos e toque de massa orquestral.
O ciclo Arte Sonora tem como objetivo mostrar os novos caminhos da música no encontro com outras artes: teatro, artes plásticas, cinema e literatura. “Quem assistiu ao Ciclo Arte Sonora 2010 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage conheceu a fantástica experiência de percorrer as novas possibilidades da música, tendo ao fundo uma das mais belas paisagens do Rio." Afirma João Guilherme Ripper, diretor da Sala.
Formação Octurn Ensemble:
Jozef Dumoulin: fender rhodes
Fabian Fiorini: piano
Gilbert Nouno: electronics
Bo Van Der Werf: baritone sax, electronics
Ciclo Arte Sonora - Sala Cecília Meireles
‘Le Soleil Même Pleut’ - 14 de outubro de 2011
Concerto Octurn Ensemble – 15 de outubro de 2011
Horário: 20h
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico, 414
Ingresso: R$ 20,00
Informações: 21-2332.9223
Dê Toledo
Nenhum comentário:
Postar um comentário