sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sala Cecília Meireles apresenta ‘Le Soleil Même Pleut’ e Octurn Ensemble no Parque Lage


“J’écris pour enterrer, pour revivre l’enterrement, pour ne pas oublier, pour raviver, pour vivre avec ces blessures là, encore. Pour enterrer, mais mieux.”


Depois do sucesso no ano passado, a Sala Cecília Meireles leva o Ciclo Arte Sonora novamente ao Parque Lage. Desta vez as atrações são o espetáculo de teatro multimídia ‘Le Soleil Même Pleut’, interpretado pela atriz e escritora belga Françoise Berlanger, no dia 14, e um concerto de jazz com o Octurn Ensemble, no dia 15. A Temporada 2011 da Sala Cecília Meireles, que é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, tem o patrocínio da Petrobras.

 

‘Le Soleil Même Pleut’ é um teatro musical com texto autobiográfico de Françoise Berlanger sobre a impotência perante morte, a dor perda e a distância que se faz presença na lembrança constante. A autora/atriz/cantora nos fala sobre sua peça: “Eu escrevo para sepultar, para reviver o sepultamento, para não esquecer, para reviver, para viver com aquelas feridas. Para enterrar, mais e melhor”. O monólogo é acompanhado pela partitura original de Bo Van Der Werf executada pelo Octurn Ensemble

 

A música reflete o colorido harmônico em que o grupo musical vem trabalhando há vários anos, em um contexto em que a improvisação é o componente central. Além disso, o projeto envolve o trabalho do artista plástico Marcel Berlanger, irmão de Françoise, que aparece na cenografia do espetáculo. Françoise Berlanger atuará sobre uma plataforma suspensa sobre a piscina da Escola de Artes Visuais Parque Lage, tendo ao fundo o palco onde tocarão os músicos do Octurn Ensemble.

 

No dia seguinte, o Octurn Ensemble apresenta o seu atualíssimo jazz.  

Há mais de uma década o grupo vem desenhando sua paisagem sonora através de abordagens diversas, mantendo, ao mesmo tempo, a originalidade e o espírito de pesquisa. Desde sua criação, executa uma música poderosa e única, que não se enquadra em nenhuma categoria, além de desenvolver um estilo instrumental que utiliza técnicas contemporâneas: transmite uma complexidade que respeita a tradição da música escrita e improvisada, ao mesmo tempo em que amplia suas fronteiras.
 
A música do grupo é caracterizada também por elementos musicais oriundos da Ásia, sons eletrônicos contemporâneos e um certa ambiência de massa sonora orquestral. Os novos projetos do Octurn são traçados com uma fascinante geometria.  A música sugere o vazio da meditação e da fantasia, passando do congelamento do tempo musical ao caos ensurdecedor da explosão sonora. O repertório do grupo, que também trabalha com improviso, é composto por elementos musicais asiáticos, sons eletrônicos contemporâneos e toque de massa orquestral. 

O ciclo Arte Sonora tem como  objetivo mostrar os novos caminhos da música no encontro com outras artes: teatro, artes plásticas, cinema e literatura. “Quem assistiu ao Ciclo Arte Sonora 2010 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage conheceu a fantástica experiência de percorrer as novas possibilidades da música, tendo ao fundo uma das mais belas paisagens do Rio." Afirma João Guilherme Ripper, diretor da Sala.

Formação Octurn Ensemble:

Jozef Dumoulin: fender rhodes
Fabian Fiorini: piano
Gilbert Nouno: electronics
Bo Van Der Werf: baritone sax, electronics


Ciclo Arte Sonora - Sala Cecília Meireles
‘Le Soleil Même Pleut’ - 14 de outubro de 2011
Concerto Octurn Ensemble – 15 de outubro de 2011
Horário: 20h
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico, 414
Ingresso: R$ 20,00
Informações: 21-2332.9223


Dê Toledo

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