Com patrocínio da Prefeitura, Observatório
Coral Carioca vai realizar, de março a julho, no Teatro Gonzaguinha, oficinas e
palestras gratuitas, shows a preços simbólicos, além de lançar espaço virtual,
permitindo integração, conteúdo e divulgação de grupos corais de todo o país
A história da arte vocal no Rio de Janeiro,
consagrada por iniciativas como a inserção do canto nas escolas através de
Villa-Lobos, ganhará um importante capítulo, de março a julho, através do
Observatório Coral Carioca. Com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura e
coordenação e curadoria dos maestros Sérgio Sansão, Jonas Hammar e Carlos
Alberto Figueiredo, o projeto vai oferecer palestras e oficinas, durante manhãs
e tardes, com entradas gratuitas, e apresentações, no fim do dia, de dez grupos
corais e vocais, a preços simbólicos, no Teatro Gonzaguinha - Centro Municipal
de Artes Calouste Gulbenkian, no Centro.
Além de extensa programação, será
lançado, no próximo dia 15 de março, o site do Observatório Coral
Carioca - www.observatoriocoral.art.br
- espaço virtual de encontro e intercâmbio entre aqueles que atuam junto a
corais e grupos vocais, não apenas na Cidade do Rio de Janeiro, como também
para além de suas fronteiras. Permitindo não só o cadastro de uma infinidade de
grupos corais, cada qual disponibilizando suas informações artísticas,
características, histórico e contatos, o site vai reunir também dez artigos
temáticos inéditos, escritos por profissionais de renome, que serão lançados
nos dias das oficinas e concertos.
O projeto vem reforçar, ainda, que,
democrático e inclusivo em sua essência, o canto coral pode ser vivenciado por
pessoas de todas as faixas etárias, diferentes níveis de conhecimento musical,
pessoas experientes, ou sem qualquer experiência em música.
Há grupos vocais e
corais com as mais variadas propostas estéticas e artísticas e os mais variados
objetivos: desde a profissionalização, até a prática desta linguagem
musical como possibilidade de lazer, diversão, socialização, terapia, ampliação
de conhecimentos.
No Teatro Gonzaguinha, o projeto tem início
no dia 18 de março, sábado, com palestra e oficina ministradas pelo compositor
e arranjador Paulo Malagutti Pauleira, um dos fundadores do Céu da Boca,
lendário grupo dos anos 80 e hoje integrante do MPB4.
Às 17h, subirá ao palco o
grupo Boca Que Usa, de Niterói, formado por 21 integrantes, cujo repertório
abrange desde a música antiga até a contemporânea, de caráter religioso,
secular, folclórico e popular, com prioridade para obras corais pouco
executadas dentro do meio musical brasileiro.
Já no dia 25, sábado, a cantora e
arranjadora Regina Lucatto, que ajudou a fundar o célebre Garganta Profunda,
vai realizar a palestra “O legado de Marcos Leite”, dissertando sobre a obra e
carreira do companheiro do grupo.
O grupo Canto do Rio subirá ao palco, às 17h,
apresentando, com direção e regência de Paulo Malagutti Pauleira, arranjos
vocais originais de alguns clássicos do antológico “álbum branco”, de João
Gilberto, lançado em 73, apenas com voz, violão e uma leve bateria de Sonny Carr.
Em abril, o projeto prossegue com palestra
e oficina, no dia 08, sábado, ministradas por Glaucia Mancebo e Zeca Rodrigues,
e show do grupo Dá o Tom.
No dia 29, será a vez de Reynaldo Puebla, que fará
palestra e oficina sobre Coro Cênico, com a apresentação do Sacra Vox, às 17h.
Até julho, renomados regentes e profissionais do canto estarão à frente das
oficinas e palestras, como Deco Fiori, Augusto Ordine, Danilo Frederico,
Patricia Costa, André Potasio, Lincoln Andrade e Maíra Martins. No palco do
Teatro Gonzaguinha, vão se apresentar ainda os grupos Bebossa Kids, São Vicente
a Cappella, Associação de Canto Coral e, Equale entre outros.
O Observatório Coral Carioca buscará
aproximar um grande número de corais e grupos vocais, que, até então,
encontram-se pouco articulados entre si, tanto no âmbito municipal, quanto em
uma perspectiva nacional, ou internacional.
A ideia é aproximar a comunidade
coral, em prol de seu maior desenvolvimento, qualificação e projeção artística.
Por representar, historicamente, uma potente ferramenta de musicalização,
sociabilização e,
educação para a cidadania, além de tantos outros valores relacionados à
qualidade de vida da sociedade, o projeto nasce plural, atendendo também à
carência de cursos de formação, oficinas, masterclasses, concertos, mostras,
festivais; ou seja, tudo que permita uma maior circulação e troca entre os
“fazedores” deste nicho tão rico de integração sócio cultural.
Teatro Gonzaguinha
R. Benedito Hipólito, 125 - Centro
Dê Toledo
Nenhum comentário:
Postar um comentário